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Ironman: entenda como é a preparação física de pessoas idosas

A preparação funciona de acordo com a rotina do idoso

Ironman
Ironman - Shutterstock

Repercutem várias histórias de idosos que completam a prova de Ironman, circuito dedicado para os triatletas em competições de natação, ciclismo e corrida. São etapas que denotam a resistência dos seus participantes. Além disso, como é a preparação do idoso para o Ironman?

Primeiramente, o que um idoso precisa fazer antes de treinar?

É de se ressaltar que um idoso precisa estar com a sua vida física ativa, ou seja, nada adianta alguém que se encontra no estado de sedentarismo e de repente se inscrever nesse tipo de competição. Somente o treino constante é o que credencia para atingir essa meta.

“Primeiro é fazer um check-up cardiológico, avaliação no ortopedista e postural. Já passar de antemão em um nutricionista dizendo que você vai objetivar o Ironman. O idoso sofre de sarcopenia (perda gradativa e acentuada de massa magra) e precisa adequar a dieta e ‘educar’ quanto a hidratação”, disse o preparador físico Rogério Carvalho, o “Bocca”, em entrevista para o Sport Life.

Outros detalhes da preparação

Tempo

“Mesmo sendo idoso fisicamente ativo, eu aconselho fortemente a pensar em longo prazo de 12 a 18 meses para participar do Ironman. O idoso tem mais tempo para treinar, mas outro ponto importante é que o iroman há o volume alto de treino. Existe a chance de lesionar. Se conseguir trabalhar de uma forma gradativa e com crescimento de treino linear, geramos adaptações inteligentes, construímos bases mais sólidas, minimizamos lesões e fazemos com que esse idoso chegue lá depois de um ano ou um e meio fazendo o seu melhor e com saúde”, argumentou Bocca.

O idoso que responde positivamente nos treinos é aconselhado a concorrer depois de 12 meses de preparação. Já aquele sujeito da terceira idade que requer de mais trabalhos e que apresenta recuperação lenta o ideal é que a sua participação seja programada a partir de 18 meses. Trata-se de respeitar o prazo para que a carga seja executada sem pressa.

Sarcopenia

“O idoso vai ter que colocar sagradamente na agenda dele o treinamento de força. Essa sobrecarga pode vir por meio de musculação, funcional ou a combinação dos dois. É importante que faça muito bem monitorado. Três sessões no mínimo por semana para que consiga manter a massa magra e retardar a sarcopenia. Se o treino for bem aplicado, consegue melhorar o ganho de massa magra, que vai ser muito importante para o treinamento de Triathlon”, orientou Carvalho.

Natação e bike

“Dois treinos por semana, que gire por uma hora ou uma hora e meia está de bom tamanho. Três treinos de ciclismo por semana são importantíssimos. E dois treinos de corrida na semana. Nós sabemos que a corrida é o esporte de impacto, caracterizado por saltos sucessivos e quedas sucessivas em pernas opostas”, explicou o profissional.

Questionamento

São várias recomendações que trazem a conotação do exagero. Não é, mesmo? Haja visto a quantidade de trabalho que esse idoso precisa cumprir com foco na cruzada da linha de chegada. Rogério admitiu que essa lista de exercícios para o ironman não prejudica um idoso.

“Existem ‘n’ formas de você distribuir isso na agenda de uma pessoa que tem vida física ativa. Exemplos de uma semana: segunda, quarta e sexta com musculação na manhã. Segunda e quarta à noite consegue correr. Sexta-feira à noite é o período de descanso. Terça e quinta-feira pela manhã com treinamento de ciclismo e à noite as duas sessões de uma hora e uma hora e meia de natação, que não é o esporte de impacto e quando treina nesse período tende a relaxar o corpo e melhora a qualidade do sono”, justificou.

“O descanso de sexta-feira à noite é proposital. Porque aí no sábado de manhã pode fazer o ciclismo longo, que começa com duas horas e aumenta por diante. No domingo, pode fazer a corrida longa para prepará-lo para maratona pós-ciclismo no ironman. São 42 km depois da bicicleta. Até ele conseguir correr três horas ou três horas e meia. Aí começa a semana novamente”, garantiu.

“Conexão”

O treinador precisa estar ciente de como estão os afazeres de um sujeito aposentado para que o trabalho possa ser ajustado de acordo com dia a dia. Também a planilha de treinos deve operar conforme a condição física do aluno.

“Estar sempre perto e entender se precisa mexer para que o idoso possa aproveitar da melhor forma possível. Explicar que quanto mais idoso fica mais tempo vai precisar de recuperar de um treino para o outro. As questões hormonais estão desreguladas e desaceleradas para quem é da terceira idade e atrapalham a recuperação”, concluiu.

Quem é ele?

Rogério Carvalho formou-se em Educação Física na Unisant’Anna (Centro Universitário Sant’Anna), especializou-se em treinamento desportivo na UGF (Universidade Gama Filho) e, além disso, detém o título de mestre em Estudos do Esporte na EEFE-USP (Escola de Educação Física e Esporte, da Universidade de São Paulo). Ainda atua como membro colaborador do GEDAE-USP (Grupo de Estudos do Desempenho Aeróbio).

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