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Dia Nacional do Diabetes: médicos destacam papel do esporte

Mais um motivo para que um diabético sinta-se confortável com uma vida física ativa

Dia Nacional do Diabetes
Dia Nacional do Diabetes - Shutterstock

26 de junho é o Dia Nacional do Diabetes, data que “nasceu” após ação em conjunto do Ministério da Saúde e da OMS (Organização Mundial de Saúde) para capacitar o povo brasileiro sobre os malefícios da doença. Além disso, o Sport Life conversou nesta data com dois endocrinologistas, que enfatizaram a necessidade do esporte para os diabéticos.

A importância do esporte no Dia Nacional do Diabetes

“Toda pessoa com diabetes deve realizar atividade física. Funciona como se fosse uma medicação. Há estudos que comparam atividade física e mostram que em algumas vezes é mais eficiente do que remédios para diabetes. Então, todo o tratamento do diabetes deve incluir a atividade física como se fosse uma prescrição”, destacou o endocrinologista do Hospital Israelita Albert Einstein Dr. Paulo Rosenbaum.

O motivo do esporte ser tratado como medicação para um diabético é que Rosebaum citou que um exercício físico é capaz de ajudar a metabolizar o açúcar, o que significa queimar esse tipo de excesso no sangue.

“A gente consegue muitas vezes até diminuir pela metade quando a pessoa realiza atividade física. Então, o exercício físico é muito importante para tentar diminuir o quanto que aquela pessoa usa de remédio para diabetes”, complementou o profissional.

O exercício físico que se recomenda para um diabético é o resistido e aeróbico. Geralmente, o que se indica é de 30 minutos até uma hora de exercício físico aeróbico e de três a cinco vezes por semana. A musculação é sugerida duas vezes na semana, assim como pilates e outros que demandam força.

“A atividade física tem benefícios tanto a curto prazo, como logo após a glicemia já costuma ficar melhor controlada e em médio e longo prazo quando há redução da resistência à insulina, melhor condicionamento cardiovascular, auxílio em geral de comorbidades e perda de peso”, respondeu para reportagem a endocrinologista do Hospital Santa Catarina – Paulista Dra. Priscilla Cukier.

É verdade que um diabético cansa mais no esporte?

“As pessoas que têm diabetes não se cansam mais no esporte. Existem muitas pessoas diabéticas, que realizam maratonas. Inclusive, nadadores olímpicos já ganharam provas com diabetes tipo 1, que usam insulina e estão bem controladas, que conseguem ganhar medalha de ouro. Então, de forma nenhuma de forma diabetes vai fazer com que um indivíduo fique mais cansado. Se ele estiver bem controlado, vai ter um desempenho igual a qualquer outra pessoa”, pontuou Paulo.

A ressalva se direciona para pessoas com diabetes tipo 2, isto é, que são sujeitos obesos, sedentários e que terão que se condicionar para realizarem exercícios físicos intensos.

“Nenhum tipo de diabetes prejudica a prática de atividade física. Porém, é importante orientação médica devido às peculiaridades de cada paciente e terapêutica usada muitas vezes sendo necessário fazer ajustes na alimentação e medicação antes e após a atividade física. Além disso, deve-se considerar sempre a idade do paciente e também as comorbidades presentes”, terminou a Dra. Priscilla.

Auxílios no Dia Nacional do Diabetes

Não há definição do melhor horário para um diabético se exercitar e tudo é baseado conforme a disponibilidade de cada pessoa. Constatação que apenas denota o quão é valioso o esporte no seu dia a dia.

“Lógico que o ideal seria fazer atividade física no início do dia, mas de maneira nenhuma está contra indicado realizar exercício à noite. Muitas vezes pessoas que fazem exercício à noite têm dificuldade para dormir. Então, nós sabemos que o exercício ajuda. Não existe uma regra. É importante realizar atividade física”, advertiu Paulo.

Outro acréscimo é que não aconteceu até este momento nenhuma comprovação científica de como se prevenir de diabetes tipo 1 recorrente em crianças e adolescentes. O que costuma ser enfatizado pelos médicos é a manutenção de hábitos saudáveis como prevenção a diabetes tipo 2.

“Em relação à diabetes tipo 2, a prevenção é mudança de estilo de vida. Então, se a pessoa tem histórico familiar de pai e mãe com diabetes, essa pessoa tem que se cuidar mais, tem que realizar mais atividade física, não pode ganhar peso e tem que ter uma alimentação mais saudável. Então, essa seria a prevenção para evitar a progressão para o diabetes”, concluiu o Dr. Paulo Rosebaum.

Dados

A SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes) anunciou a existência de mais de 13 milhões de pessoas com essa doença, quantidade que representa 6,9% da população nacional.

Já os dados do Atlas do Diabetes da IDF (Federação Internacional de Diabetes) acusou o Brasil como a quinta nação em incidência de diabetes no mundo e atrás da China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. A estimativa da incidência da doença nesse documento é de que em 2030 chegue a 21,5 milhões.

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