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Dia do Filho: Helinho comenta relação com seu pai, Hélio Rubens

O técnico de 47 anos conduz o SESI/Franca Basquete de maneira invicta no NBB (Novo Basquete Brasil) 2022-23

Helinho
Helinho ao lado do seu pai, Hélio Rubens Garcia. Foto: Caio Casagrande/LNB (Liga Nacional de Basquete)

Hoje, 5 de abril, é o Dia do Filho. Existe aquele ditado de que o filho é o reflexo do pai. Esse exemplo encontra-se no município de Franca (SP) com a família Garcia. O técnico do SESI/Franca Basquete, Helinho Garcia, dá sequência ao legado do pai, Hélio Rubens Garcia, de 82 anos, no basquete e na vida.

O início da relação da família Garcia com esporte

Hélio Rubens Garcia nasceu em 2 de setembro de 1940 em Franca, desde garoto sempre gostou de esporte por conta da influência do seu pai e desportista Francisco Garcia do Nascimento, o “Chico Cachoeira”, e conciliou a sua rotina de estudante do IEETC (Instituto de Educação Estadual Torquato Caleiro) com treinos de vôlei, tênis de mesa, futebol de salão e basquete.

Hélio dividiu-se entre o futebol e basquete até 1959. No campo, iniciou em times locais de Franca, como Palmeiras Futebol Clube e Yara Clube, depois defendeu a Francana como volante, que não dava sossego ao adversário e subia bem ao ataque. Já nas quadras era presença certa nos treinos do professor Pedro Morilla Fuentes, o “Pedroca”, ao lado dos seus irmãos Totô e Fransérgio.

Tudo mudou quando Hélio pediu garantia a diretoria da Francana em caso de lesão antes de amistoso contra o Atlético-MG, pedido que foi negado por Ângelo Tornatore, presidente do clube em 1959. Esse fato chateou Hélio e depois de diálogo com a sua mãe, Domingas Traficante Garcia, optou pelo basquete.

A inspiração da família Garcia

Pedroca cursou Educação Física na USP (Universidade de São Paulo) e no início dos anos 50 mudou-se para Franca. Pedro assumiu a função de professor no IEETC e os seus treinos de basquete renderam a migração para o Clube dos Bagres, feito que culminou com o primeiro registro dos francanos na FPB (Federação Paulista de Basketball) em 10 de maio de 1959.

Pedro Morilla comandou a equipe francana nos ciclos do Clube dos Bagres, Calçados Emmanuel, Amazonas e Francana e conquistou os títulos do Paulista Interior (1962, 1963, 1964, 1965, 1966, 1967, 1968, 1971, 1972, 1975, 1976 e 1977), Paulista (1973, 1975, 1976, e 1977), Brasileiro (1971, 1974, 1975, 1980 e 1981) e Sul-Americano (1974, 1975, 1977 e 1980).

Morilla chegou a ser técnico da Seleção Brasileira na década de 70 e o ginásio “Pedrocão”, situado em Franca, leva o seu nome. O “seu Pedro” era o sujeito com ascendência espanhola, de bom trato, chamava cada jogador de “senhor”, reforçava os seus princípios nas vitórias e derrotas e preparou Hélio Rubens para o seu lugar, que o sucedeu já na temporada de 1983, e faleceu em 1993.

“Eu o chamava de ‘Tio Pedroca’. Eu era muito garoto quando ele era técnico. Uma das coisas que me lembro dele é essa humildade, busca por conhecimento, querer inovar, buscar algo mais, nunca desistir e como bom espanhol aquela braveza de estar querendo o perfeccionismo seja nos treinos ou nos jogos. Era uma pessoa formidável, mas extremamente trabalhador, que sabia o que queria e corria em busca desses objetivos com intensidade e paixão”, recordou Helinho sobre o Pedroca com exclusividade para o Sport Life.

A carreira no banco com a chegada do Helinho

Hélio Rubens foi atleta de Franca por 25 anos e outros 22 como técnico, que também renderam passagens vitoriosas pelo Vasco e Unitri/Uberlândia (MG). Em meio ao seu fim de ciclo de jogador, nasceu Helinho em 12 de maio de 1975. O primeiro herdeiro era companheiro inseparável do pai nas partidas e aparecia no trabalho de aquecimento da Francana.

Helinho desde criança manifestou seu interesse por esporte, fez natação, praticou tênis, jogava basquete e até que decidiu o seu foco pela bola laranja com os seus 15 anos de idade. A peculiaridade é que Helinho acompanhou pai profissionalmente, ou seja, também foi armador e criou relação de ídolo com a torcida francana, vascaína e uberlandense.

O primogênito de Hélio Rubens chegou a ficar seis meses “longe” do pai quando se transferiu para o Vasco em 2000, depois voltou para Franca sob o comando de Daniel Wattfy em 2002, mas logo se reencontraram tanto no esquadrão francano quanto na Unitri. Portanto, essa parceria fora do âmbito familiar foi a “marca registrada” de pai e filho.

Os títulos de Helinho como “maestro”

Helinho no seu ciclo de jogador foi tricampeão nacional com Franca (1997, 1998 e 1999), duas vezes com Vasco (2000 e 2001) e uma vez com a Unitri (2004). Ainda “colecionou” três títulos do Mineiro (2003, 2004 e 2012), do Paulista (1997, 2006, 2007) e pela Seleção Brasileira venceu Sul-Americano e Pan-Americano de Winnpeg, no Canadá, ambos em 1999.

“Todos os títulos na minha carreira de jogador foram importantes. Em termos de clube, o tricampeonato brasileiro por Franca foi muito marcante. Afinal, foi um momento em que alguns jogadores tinham saído e nós conseguimos se reestruturar. Os jogos pan-americanos a nível de seleção onde nós ganhamos o título em cima da seleção americana e foi um momento muito especial na minha carreira”, analisou Helinho sobre as suas conquistas.

Passagem de bastão no comando técnico

Helinho encerrou a sua carreira de jogador no Franca Basquete sob o comando de Lula Ferreira no fim da temporada 2014-15. Época em que esse time tradicional quase acabou devido a sua crise financeira. O clube amargou dívida de R$ 1,6 milhões e sem patrocínio master quase terminou a sua operação.

Helinho participou desse processo de reestruturação da equipe que o revelou como gerente executivo na temporada 2015-16. Nesse tempo, o seu pai deu adeus as quadras depois do fim da sua segunda passagem na Unitri em 2015. Chegou a época 2016-17 e Helinho virou técnico de Franca. Dessa maneira, surgiram novas comparações com o seu pai, que o “acompanhavam” desde a vida de atleta.

“Confesso que eu tive que saber superar qualquer tipo de dúvida, que pudesse gerar. Tive que ter uma força mental e a busca por fazer o meu trabalho independente disso. Eu consegui lidar de uma forma boa, mas também com muito respaldo da minha família e da minha terapeuta. Eu fiz um trabalho de mentoring específico para técnicos e coachings. Isso foi muito importante para que eu tivesse fortalecido em busca dos objetivos e desafios que eu iria passar pela frente”, detalhou o atual técnico do SESI/Franca Basquete.

O ciclo de treinador e auxiliar da Seleção Brasileira

Helinho viveu o seu primeiro ciclo de técnico com time aguerrido do Franca. Depois passou a disputar títulos a partir da temporada 2017-18. E precisou lidar com as críticas de quando o seu elenco formado por Leandrinho, Rafa Luz, Léo Meindl e cia amargou revezes em tudo aquilo que disputou nesse período.

A recuperação veio no ano de 2018 quando tirou o time francano da “fila” de dez anos sem títulos com Paulista e Liga Sul-Americana. Depois venceu o Estadual das edições de 2019, 2020 e 2022. Duas Copas “Super 8” (2019-20 e 2022-23) e o primeiro NBB da história da equipe (2021-22).

SESI/Franca Basquete é o líder invicto do NBB 2023/23. E, além disso, está invencível até aqui na Basketball Champions League Américas. Ou seja, um rendimento que o coloca como favorito e sem nenhuma acomodação nas palavras do comandante. “Me traz um orgulho muito grande de ter uma equipe humilde, unida e bastante disciplinada e comprometida em busca do melhor”, enfatizou.

Dessa maneira, o seu trabalho à frente da agremiação francana o fez ser lembrado na Seleção Brasileira. Afinal, ele acabou sendo efetivado no cargo de auxiliar do técnico Gustavo de Conti. O Brasil está confirmado na Copa do Mundo, cuja realização será de 25 de agosto a 10 de setembro nas Filipinas, Japão e Indonésia.

“A força do basquete brasileiro está no grupo. Não tem um jogador específico que destoa tanto. A comissão técnica procura deixar bastante claro para que não só os jogadores, mas também os apaixonados pelo basquete possam entender que o grupo tem que estar forte. Em busca dos objetivos e zelando pelo outro para que isso aconteça”, concluiu Helinho.

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