Hoje, 14 de abril é o Dia Mundial do Café. Esta data não serve apenas para comemorar a sua existência, ou seja, foi criada para motivar o seu consumo e nasceu depois das alegações da ABIC (Associação Brasileira da Indústria do Café) e da ICO (Organização Internacional do Café). Nesse sentido, entenda na sequência a importância do café para os esportistas.
As recomendações das nutricionistas para os atletas no Dia Mundial do Café
“Café melhora o foco e concentração. Aumenta performance, tem antioxidante, que ajuda a eliminar os radicais livres, favorece a utilização da gordura como fonte de energia, ‘mascara’ a sensação de fadiga e cansaço durante a atividade física”, afirmou em entrevista exclusiva para o Sport Life a nutricionista Renata Branco.
“É recomendável tomar café cerca de 30 a 60 minutos antes do exercício para que a cafeína tenha tempo de ser absorvida pelo organismo. Tomar café muito cedo pode fazer com que a cafeína seja metabolizada antes do exercício e enquanto tomar café muito tarde pode prejudicar o sono e a recuperação”, explicou a nutricionista Natalia Barros em contato com Sport Life.
Renata acrescentou que o metabolismo de alguns compostos presente no café está relacionado com os nossos genes. Assim, o metabolizador lento de cafeína apresenta sintomas de agitação e taquicardia após tomar uma xicara de café. Também os metabolizadores rápidos da cafeína não mostram esse tipo de sintoma, ou seja, isso não significa que uma pessoa pode tomar café a vontade.
“Então, primeiro devemos identificar os sintomas que cada pessoa tem ao ingerir o café. Para quem tem esses sintomas com o café o ideal é tomar sempre junto de uma refeição para evitar esses sintomas, mas para obter os benefícios do café no treino seria em média três xicaras”, respondeu a profissional.
O que fazer quando sentir agitação e taquicardia?
“Se você sentir sintomas como ansiedade, tremores ou taquicardia, pode ser necessário limitar o consumo de café ou optar por métodos de preparo que produzem uma bebida com menor teor de cafeína, como o descafeinado ou coado”, garantiu Natalia.
Pesquisa sobre o efeito do consumo do café
O estudo disponível na revista médica online “Kidney International Reports” constatou que os sujeitos que tomam qualquer quantidade enfrentam o menor risco de desenvolver lesão renal aguda do que as pessoas que não ingerem essa bebida.
Os estudiosos usaram dados de cerca de 14 mil adultos com idade média de 54 anos recolhidos por uma pesquisa de doenças cardiovasculares nos Estados Unidos. Os envolvidos responderam sete vezes sobre o café consumido diariamente, no intervalo de 24 anos.
No tempo do experimento, 1.694 desses participantes sofreram com lesão renal. Definida, no estudo, como hospitalizações com código de Classificação Internacional de Doenças relacionado à lesão renal aguda. Os autores detectaram que os cidadãos que bebem qualquer quantidade de café lidam menor risco de desenvolver lesão renal aguda do que aos que não consomem.
“A cafeína é capaz de alterar a função renal através de uma variedade de mecanismos. Incluindo natriurese (eliminação de sódio na urina), modificação da hemodinâmica renal e do sistema renina-angiotensina-aldosterona (responsável por regular a pressão arterial). Fatores importantes no desenvolvimento de lesão renal aguda”, comentou a médica nefrologista Dra. Caroline Reigada.
Dados
OIC e DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) acusaram a Finlândia como “campeã” do consumo de café. Com cálculo feito com base no consumo per capita, o resultado citou 12 kg por habitante a cada ano. O rigoroso inverno finlandês é o principal motivo dessa fama.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) anunciou que no ano de 2021 cada brasileiro ingeriu 6,06 kg de café cru. E 4,84 kg do torrado e que em 2020 houve aumento de 1,7% do consumo da bebida. Já o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) divulgou o funcionamento de 4 mil cafeterias.
