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Olympikus põe paratletas para testar às cegas seus tênis

A prova será transformada em documentário também com participação de corredores jamaicanos

Foto: Reprodução

É noite no Ginásio da Puc, em Porto Alegre (RS), dia 30 de janeiro. Na pista, dois “reis” do esporte paralímpico – a atual recordista mundial dos 100m, 200m e dos 400m na classe T11 (deficientes visuais), Terezinha Guilhermina, e o chileno Cristian Valenzuela, primeiro atleta paralímpico a conquistar uma medalha de ouro para o seu país – se preparam para correr a madrugada inteira na pista sem saber que marca de tênis estão usando.

Uma equipe filma tudo. Essa é só a primeira etapa de um teste de fogo para a Olympikus, marca que já está no mercado de running há muitos anos, mas que, agora, depois de anos e anos de testes, estudos e desenvolvimento, resolveu que era hora de provar que os produtos que fazem aqui no Brasil são bons, muito bons. “O desafio é mostrar que uma marca brasileira de tênis de corrida pode ter a mesma qualidade e tecnologia as estrangeiras. Por não enxergarem, esses atletas têm muito mais sensibilidade para sentir o produto e dizer o que acharam deles”, explica Kátia Buriol, gerente de comunicação da Olympikus. Cada atleta testou cinco marcas conhecidas no mercado, entre elas a Olympikus, avaliando conforto, transpiração, amortecimento, resposta e nota geral, que ia de um a cinco.

A Sport Life esteve presente com exclusividade nos testes. A “prova” da nova linha de running, composta por nove tênis, entre eles o Skin Change, aposta da Olympikus, vai virar o documentário The Final Tests e não vai se limitar às avaliações feitas pelos dois paralímpicos, mas também vai envolver corredores jamaicanos – hoje entre os melhores do mundo –, japoneses (o país é berço de inúmeras tecnologias voltadas aos calçados de corrida) e corredores de rua. A ideia é convidar gente que é fã de uma marca de tênis a experimentar os calçados da Olympikus. Os resultados dessa primeira bateria surpreenderam. “Fiquei ansiosa porque a gente quer ser o mais justo possível, portanto, precisei me concentrar muito”, disse Terezinha.“Interessante ver marcas globais recebendo notas baixas em alguns quesitos e outras menores com médias maiores”, avaliou Felipe Zapelini, diretor do filme.

O Skin Change, tênis que “muda” de cor ao ganhar a coloração da meia que o acompanha (o cabedal dele é superaberto), escolhido por Terezinha sem que ela soubesse disso, ficou com a nota média 5. Já o Rio 2, para corridas mais curtas, ganhou a nota geral 4, atribuída por Cristian.

Confira as fotos do teste:

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